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A importância do legado e valorização da cultura afrodiaspórica

Por Sara Silva Cabral

A importância do legado e valorização da cultura afrodiaspórica Pintura “Revolta dos Malês” por Sol Bahia. Fonte:https://www.gov.br/culturaRetorna ao país um acervo que conta com mais de 700 obras que incluem, pinturas, adornos, esculturas e objetos religiosos da arte afro-brasileira. A coleção data de 1960 a 2000 e é composta por artistas de grande renome no cenário nacional, como José Adário dos Santos, o “Zé Diabo”, um dos principais ferreiros de santos da Bahia e Boaventura da Silva Filho, o “Louco”, famoso escultor naïf. As obras serão doadas a partir do primeiro semestre de 2025 para o Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) e serão entregues pelas norte-americanas Marion Jackson e Bárbara Cervenka, colecionadoras de arte que adquiriram as peças em viagens periódicas à Bahia durante a década de 90. Tradicionalmente, a arte brasileira é marcada pela influência da estética européia branca e colonial. A fim de superar esse apagamento ideológico das diversas manifestações culturais existentes na nação, surge a arte afrodescendente como instrumento de ruptura colonial e de combate pelo reconhecimento da violência histórica contra os negros. Destaca-se agora, alguns exemplos para aprofundar seu conhecimento na história da arte negra brasileira. Livros: Olhos d’água (Conceição Evaristo), Quarto de Despejo (Carolina Maria de Jesus) e O Avesso da Pele (Jeferson Tenório). Artes visuais: Abdias Nascimento, Rosana Paulino e Heitor dos Prazeres.

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Pintura “Revolta dos Malês” por Sol Bahia. Fonte:https://www.gov.br/cultura

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O Cinema brasileiro ganha destaque nas premiações internacionais

Por Sara Silva Cabral em 30 de setembro de 2024

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Visuais (ABCAA) comunicou nesta última segunda (23) que o filme “Ainda Estou Aqui” de Walter Salles será o indicado para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar de 2025. O longa conta a vida da família do deputado Marcelo Rubens Paes após seu desaparecimento durante o período da Ditadura Militar no Brasil. O elenco conta com nomes de peso do cinema brasileiro como Fernanda Torres e Selton Mello. Essa é a 54° tentativa do país de angariar uma estatueta na categoria, ao todo apenas quatro filmes alcançaram a indicação: “O Pagador de Promessas” (1963), “O Quatrilho” (1996), “O Que é Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999). Além disso, nesse ano as obras cinematográficas nacionais têm marcado presença nos grandes circuitos de festivais internacionais. Na 81° edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, o Brasil levou para casa três prêmios em mostras paralelas: Manas por Marianna Brennand obteve o Director's Award, Ainda Estou Aqui por Walter Salles ganhou Melhor Roteiro e Alma do Deserto de Mônica Taboado-Tapia, uma coprodução brasileira e colombiana, levou o Leão Queer. Ricardo Teodoro também ganhou o prêmio de Melhor Ator Revelação no Festival de Cannes 2024, pela sua atuação em Baby.

Festival Pirão celebra 36° edição de apreciação cultural

Por Sara Silva Cabral em 23 de setembro de 2024

No último domingo (22), foi realizada a 36° edição do Festival do Pirão, no Parque Rio Negro/Orla de São Raimundo. O projeto faz parte do edital da Lei Paulo Gustavo e tem como intuito valorizar as bandas e artistas locais emergentes, fomentando o crescimento da música independente regional. A edição contou com as bandas Beira Choro, Trialis, Los Matrinxãs e Casa de Caba. Além de possuir o maior festival folclórico a céu aberto do mundo, o Festival de Parintins, o estado do Amazonas celebra diversas manifestações culturais, que mesclam tradições indígenas, africanas e europeias. O Boi Manaus, o festival de Ciranda de Manacapuru, o Eco-Festival do peixe-boi de Novo Airão e a Festa do Peixe Ornamental de Barcelos são somente alguns exemplos da gama cultural pertencentes aos amazonenses. Você quer ouvir músicas regionais e apoiar os artistas locais?

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Manto Tupinambá retorna ao Brasil

Por Sara Silva Cabral, em 17 de setembro de 2024

Depois de quase 400 anos, o manto original do povo Tupinambá retorna ao Brasil, devolvido pelo Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet). Sabe-se que o artefato é um dos 11 remanescentes, os outros se encontram em museus europeus. A peça possui 1,2 metro de altura por 60 cm de largura, confeccionada no século XVI e elaborada a partir de 4 mil penas da ave guará (Eudocimus ruber), animal protegido pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaças de Extinção. O manto é um objeto sagrado, anteriormente utilizado pelos grandes pajés e em rituais antropofágicos. Durante muitos anos, os historiadores consideravam os Tupinambás como uma etnia extinta, porém o regresso do artigo reafirma tanto a cultura tupinambá, quanto à valorização do patrimônio brasileiro. Para a advogada Potyra Tupinambá “O retorno desse nosso grande ancião [...] é dizer pra todo mundo, pro Brasil inteiro, pro mundo todo, que nós estamos vivos”. No último dia 12, durante a recepção do item no Museu Nacional/UFRJ, os indígenas Tupinambá fizeram duras críticas ao Marco Temporal e reivindicações para maior autonomia do Ministério dos Povos Indígenas e a reestruturação da FUNAI. Desde o início do terceiro mandato de Lula, seu governo contabiliza 10 terras indígenas demarcadas.

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